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15 de mai. de 2013
Adolescência
E eu me deparei com uma carta dela hoje. Certamente não falava sobre mim, mas me caiu tão bem que foi desconfortável.
Falava sobre brilho nos olhos, frieza e falta de coração. Como doeu.
Era uma menina brilhante, embora nunca tenha se dado conta de tal fato. Era desengonçada, envergonhada e tinha dificuldade em se relacionar. Vivia perdida em pensamentos, em planos e podia mudar todo o mundo da noite para o dia.
Era forte e era determinada. Tinha tanta coerência nas palavras quanto um ditador em plano de guerra. O caminho para onde ia era absurdamente claro, não pavimentado, mas não havia dúvidas de que chegaria onde queria.
Garanto que ela não imaginou que as coisas seriam assim, que a frieza e a acomodação que tiraram seu sono por tantas e tantas noites iriam se alastrar de tal forma a queimar todo o trigo e fechar o céu. Que os quilômetros aumentariam tão rápido quanto os anos que se passaram.
Eu me pergunto para onde ela foi. Espero que esteja bem longe daqui, em algum lugar real.
Foi o que ela sempre quis.
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Poesias,Contos...Queria viver deles...
"Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador. Escrever é também abençoar uma vida que não foi abençoada."
Clarice Lispector
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Sua visita me deixa muito feliz
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