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18 de jan. de 2015

Como é que faz?

E depois, como é que faz pra tirar o escudo? Como é que faz pra mostrar que de rumo certo na minha vida não tem nada? Como é que é contar que eu não quero estudar nenhuma das 6 coisas que pensei há 2 anos? Como é que faz pra cumprir as promessas que me fiz? Como é dizer que toda essa postura não existe e que apresso o passo pra chegar em casa e poder desmontar? Como é que se diz pra colegas de farra que você não suporta mais ver a cara deles, de segurar pessoas caindo bêbadas no seu colo e que você só queria estar em casa com alguém? Como é que se conta pra uma mãe que você é a má companhia, que de virgem não é nem o signo e que sempre soube que as fábulas eram mentiras porque seu cachorro nunca te respondeu?
Como é que faz pra desmontar as minhas verdades e começar novas porque as que montei eu não estou aguentando com o peso? Como é que eu acabo com essa carcaça de pessoa fria quando quero sair declarando amor até para pessoas desconhecidas? Como é que faço pra enxergar as pessoas como todos os outros e esquecer a figura maravilhosa que eu criei pra cada pessoa da minha vida?
Como é que faz pra jogar tudo pro alto quando há até pessoas em suas mãos?
Como é que se diz na porta de uma igreja: eu tô pouco me lascando para todas as religiões! (?) Como é que faz pra começar o que eu nem comecei e pensar que eu tenho todo o tempo do mundo pra fazer tudo que quero? Como é que explico pra mim as coisas que eu quero fazer sendo que nem pro papel elas conseguem passar? Como resolvo essas equações de segundo grau sendo que me perco nas contas de divisão? Como digo pra garçonete que ela não merece o caixinha de R$0,50 porque ela não sorriu pro moço que entrou no estabelecimento com cara de quem não podia pagar nem uma bala? Como faço pra entrar na fila pra dizer pro Frejat que concordo com ele e que também procuro um amor que seja bom pra mim, que nessa eu vou até o fim? Como é que eu falo pro futuro que eu não quero estar no topo da empresa coordenando as festas da firma? Como é que eu conto pra alguém que eu penso em cada passo por ela, ao invés de pensar em mim? Como é que eu digo no espelho que me tornei um ser tão sem nada sendo que tive tudo pra ser tudo? Como é que eu tiro um budista do sério?
Como é que eu digo pra essa pessoa que está lendo que ela se identifica com várias coisas desse texto mas que joga todas elas pra baixo do tapete? Como é que eu conto pra secretária da consultoria de profissões que ela deveria passar por uma sessão e sair de trás do balcão também? Como é que eu conto com coragem que eu tenho mil coisas pra fazer, e que todas elas estão ao meu alcance, mas que não faço nem 3? Como é que eu faço pra dar amor só pra quem quer recebê-lo? Como é que eu pratico o ditado “quem não bate, apanha”?

Como é que podemos ver tudo isso de forma alegre e leve sem se pegar no meio de surtos e crises existenciais? Queria eu responder só a última pergunta, pra resolver todas as outras. 
Fonte:Prefira Borboletas

 

Poesias,Contos...Queria viver deles...

"Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador. Escrever é também abençoar uma vida que não foi abençoada."
Clarice Lispector

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